Numa das vezes em que fui a Uberaba, encontrei, muito doente, uma grande amiga, que não via há bom tempo.
Quando pode conversar com o Chico, disse-lhe que se achava condenada. Não queria morrer sem vê-lo e seu marido a trouxe. Não vinha lhe pedir um milagre. Queria apenas que orasse para que ela tivesse serenidade na hora da morte. Os médicos a haviam desenganado.
Lembro-me das palavras que o Chico lhe dirigiu:
-Não tem mais jeito do lado de cá, mas e do lado de lá? Ore e confie. Deus nos ajudará.
O tempo passou.
Certo dia, estava falando numa cidade, quando esta minha amiga entrou um pouco atrasada. Vestida de longo, branco, fez-me pensar de imediato: Meu Deus, fulana desencarnou e eu a estou vendo.
Quando a palestra terminou, ela aproximou-se, estendeu-se a mão. Aturdido e surpreso, perguntei:
– Mas você…que houve?
– Você se lembra daquele dia em Uberaba?
– Como poderia esquecê-lo?
– Então… três dias depois sonhei que o Dr. Bezerra estava no meu quarto e operava-me. Quando acordei, meu travesseiro estava todo manchado de sangue e pus. Desde então, comecei a melhorar e veja como sarei, disse ela com a voz embargada pela emoção.
Também eu não pude dizer nada.Abraçamo-nos emocionados e felizes.
FATO RELATADO POR ADELINO DA SILVEIRA
Livro Chico de Francisco.
Mensagem enviada por Ricardo Borges
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