Dez importantes revelações que o espiritismo oferece à humanidade
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A reflexão íntima, sincera e despreconceituosa desses não mais que dez tópicos, seria o suficiente para redirecionar a conduta de muitas pessoas que nem ao menos se dão a chance de parar, analisar e meditar, alguns instantes que sejam, sobre esses preceitos libertadores, provenientes dos inesgotáveis mananciais da misericórdia divina e oferecidos à humanidade embrutecida de nossos tempos
Nós, espíritas, sempre quando tomamos conhecimento de alguém, vítima de algum grave equívoco existencial -como o suicídio ou o aborto, por exemplo – passa-nos pela cabeça: “Ah!!… e se essa pessoa tivesse o conhecimento espírita sobre esses assuntos, teria ela realmente cometido atos tão extremos, mesmo sabendo das conseqüências e responsabilidades assumidas, em função de sua atitude, perante os mecanismos das leis divinas?”
Se, de alguma forma, nos fosse possível compartilhar a doutrina dos espíritos com todas as pessoas, indistintamente, simplesmente a título de reflexão, não precisaríamos mais do que dez, das importantes revelações que o espiritismo oferece à humanidade, para que muita coisa tomasse rumo diferente. E isso, claro, independentemente dessas pessoas se desvincularem de suas próprias crenças ou religiões.
DEZ IMPORTANTES REVELAÇÕES
1.- Há uma Inteligência Suprema (Deus), imaterial, geradora e mantenedora da vida e de todas as coisas. Perfeitamente passível de ser reconhecida pelo ser humano, Ela revela sua grandeza incomensurável através de suas próprias obras. Negar sua existência seria negar a exuberância da própria obra. Mas a obra aí está, desafiadora à nossa frente, a estender-se e a combinar-se, infinitamente, além e aquém dos sentidos humanos. Pretender que toda a criação seja produto do acaso é, conseqüentemente, atribuir inteligência, determinação e organização ao nada e conceber um efeito sem causa, o que é inadmissível à razão e ao bom senso. Mais ainda: seria negar a si mesmo a extraordinária evidência de ser e existir.
2.- Há um Princípio Inteligente, um substrato imaterial autoconsciente indestrutível (alma, ou espírito) em contínuo desenvolvimento, gerado e sustentado por essa Inteligência Suprema, permanecendo nela integrado e submetido à suas leis imutáveis. Uma dessas leis é a do progresso. Todo ser está destinado a tornar-se melhor e, fugir disso, resulta em aprendizado de retorno a essa mesma lei. Toda e qualquer diferença entre os seres confirma, ao invés de negar, os diferentes estágios desse progresso que, gradativamente, realiza-se no tempo.
3.- A vida e a consciência são atributos do Espírito, e este é pré-existente e sobrevivente ao corpo físico. Tanto é verdade que, conforme ensinou um sábio: se quisermos saber o que é a alma, basta que olhemos para um cadáver. Portanto, se o espírito sobrevive à morte do corpo é muito lógico que ele possa pré-existir antes da formação deste, porque, se há possibilidade da alma desligar-se do corpo e sobreviver, como ocorre na desencarnação, nada impede que ela também possa, uma vez pré-existindo e em evolução, ligar-se a ele e sobreviver de igual modo, conforme ocorre por ocasião da encarnação.
4.- À natureza dual do ser correspondem duas distintas dimensões: a física e a espiritual, ou material e imaterial. Cada qual possui suas leis: a material é perecível e finita, a imaterial é eterna e perene. A dimensão material pode deixar de existir ou nunca ter existido, sem em nada alterar a essência do universo espiritual. Nos seus primeiros estágios de evolução, o espírito necessita auto-afirmar-se vivenciando diferentes experiências na dimensão material. Uma vez atingindo uma certa maturidade espiritual, prossegue sua jornada evolutiva em outras dimensões espirituais. A essas experiências do espírito na dimensão física denomina-sereencarnação. São várias as categorias de mundos por que passa o espírito: começando desde os mundos primitivos e materializados, passando pelos mundos de provas e expiação (como a Terra), pelos mundos regeneradores e, conquistando pelo mérito, finalmente, os mundos felizes e divinos.
5.- À toda ação praticada segue-se uma reação e, por meio desse princípio, opera-se a lei de compensação cósmica, ou lei de causa e efeito, também conhecida como “plantio e colheita”. Assim, através de repetidas experiências de erros e acertos, o princípio inteligente, ou espírito, passa a adotar condutas mais convenientes e equilibradas. A lei de ação e reação, durante sua jornada evolutiva, torna-se a grande mestra educadora do sentimento, do intelecto e da vontade. Através dela, créditos e débitos morais são ressarcidos pela economia cósmica, resultando sempre em mérito ou demérito para o ser em seu aprimoramento contínuo. Por esse motivo, ao regressar para o mundo dos espíritos, a consciência se depara com o fruto de suas obras praticadas na Terra. Isso lhe gera desconforto moral, sofrimento, arrependimento, reflexão e conseqüente necessidade de reparação, ao verificar o funesto resultado de todo mal praticado e, sobretudo, por se ver atormentada ao avaliar os prejuízos por ela mesma causados aos semelhantes. Por outro lado, se suas ações foram boas, grande é sua alegria ao deparar com os frutos do bem praticado e com as simpatias conquistadas. Dentro desse contexto, todo sofrimento, seja como prova (teste de resistência moral, por livre escolha) ou expiação (sofrimento involuntário com finalidade de resgate ou reparação) na experiência física ou extra-física, é bênção de aprendizado e refazimento, porque, além de auto-educativo, é purificador, ao drenar culpas e desajustes inconscientes, decorrentes de atos infelizes, impressos e ocultos na organização espiritual profunda do ser. Céu, inferno e purgatório, seriam expressões usadas para definir os diferentes estados de bem-aventurança, tormentos ou regeneração, conforme, temporariamente, estagia a consciência em demanda à sua perfeição em Deus.
6.- Há uma solidariedade multidimensional entre os mundos e os seres. (1) Essa solidariedade resulta num esforço cósmico, proveniente dos desígnios superiores da Inteligência Suprema, tendo por finalidade a realização do progresso permanente e indistinto, em todas as dimensões e em todos os seres. Por isso, cabe ao mais adiantado velar e auxiliar o menos adiantado. O reconhecimento desse princípio conduz ao autoconhecimento e ao auto-aprimoramento, que consiste na cota de esforço da criatura em melhorar-se e trabalhar incondicionalmente pela melhora de seus semelhantes, bem como zelar pelo meio em que vive. Dessa forma, inicia seu processo de auto-realização e harmonização com as leis maiores, religando-se conscientemente, de forma gradativa, com a consciência de seu Criador.
7.- Houve, há e haverá, sempre, a possibilidade de comunicação entre o ser humano com os seres das diferentes dimensões espirituais. Essa comunicação ocorre em nível mental-emocional, estabelecendo-se pela lei de sintonia. Os espíritos denominaram a faculdade que possibilita esse intercâmbio de mediunidade, e de médium todo aquele que possui, de modo ostensivo, essa capacidade natural de perceber as dimensões e os seres espirituais. Na verdade, a comunicação interdimensional procede sempre de espírito para espírito, indiferentemente da condição de encarnado ou desencarnado. Os princípios de todas as religiões, sem exceção, estão solidamente fundamentados nessa comunicação, ou seja, na revelação proveniente de seres espirituais a determinadas pessoas terrenas, por vezes intituladas profetas, santos, videntes, místicos, sacerdotes, hierofantes, xamãs, rishis, etc.
8.- Há uma interação ostensiva e inconsciente entre as inteligências da dimensão física com as inteligências das dimensões espirituais. As dimensões se interpenetram e os seres influenciam e são influenciados, coagem e são coagidos, auxiliam e são auxilados, conforme as diferentes disposições mentais-emocionais que adotam. Dessa forma, aspirações, desejos, tendências, humores, vicissitudes, rancores, afetos ou virtudes são dinamizados, pela lei de afinidade, através dessa interdependência interdimensional. Mais uma vez, o esforço pelo autoconhecimento é o grande antídoto contra as interferências espirituais perturbadoras e, ao mesmo tempo, estímulo para a própria elevação, através do empenho pelo correto proceder.
9.- O orgulho e a vaidade são os maiores entraves enraizados no psiquismo do princípio inteligente, herdados através de seus anteriores estágios nas experiências rudes e primitivas pela materialidade. Condicionado a impor-se e a auto-beneficiar-se pela força, é necessário que ele aprenda a se recondicionar pelo esforço no trabalho em favor de seus semelhantes. Para isso, deve aplicar a si mesmo todos os princípios morais salutares que lhe agreguem elementos de virtude, humildade, paciência, temperança, boa vontade, pré-disposição ao bem comum, despojamento de preconceitos, etc. Caso contrário, submerge na indiferença, na dúvida e no tédio, enclausurando-se em um isolamento egoísta que lhe gera uma espécie de entorpecimento moral imediatista-materialista, afastando-o, temporariamente, de seu glorioso destino em tornar-se templo-vivo da Inteligência Suprema.
10.- Alguns seres, primícias que se ligaram com a Inteligência Suprema, tornaram-se porta-vozes de sua sabedoria infinita, legando-nos, com seus exemplos e ensinos, setas direcionadoras para nossa própria auto-realização espiritual. Entre esses seres, segundo os espíritos revelaram a Allan Kardec, o codificador do espiritismo, Jesus foi a mais bela e fiel expressão do amor, que é o principal atributo da Inteligência Suprema. Por ter alcançado um patamar elevadíssimo em sua evolução, vivenciada em outros mundos e outras eras, legou-nos exemplos extraordinários de conduta superior, jamais presenciada antes no planeta. Através de sua vida simples, laureada pelo trabalho, pela oração e a humildade, mostrou-nos por ensinamentos e atitudes a relatividade da existência terrena comparada à perenidade da “vida eterna”, que é a vida do espírito imortal em ascenção às esferas resplandecentes. Sobretudo, enfatizou-nos, ainda, a indispensável grandeza do perdão e seu incomparável poder transformador, único capaz de libertar a alma de seus mais torturantes grilhões, evidenciando, na caridade, a mais sublime e efetiva movimentação do amor -verdadeiramente, sua mais plena manifestação. Sua mensagem, que é a do amor e do trabalho, não se perde no labirinto das abstrações metafísicas ou dos isolamentos contemplativos improdutivos; muito menos, na fria ostentação ritualística dos cultos exteriores. Ao contrário, sua mensagem integra a individualidade e a redime no coletivo, proporcionando a dinâmica adequada ao desabrochar glorioso da alma humana, potencializando-lhe os germens de amor e sabedoria imanentes, religando-a com naturalidade à Inteligência Suprema, em “espírito e verdade”.
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Querido leitor, somos convictos de que a reflexão íntima, sincera e despreconceituosa desses não mais que dez tópicos, seria o suficiente para redirecionar a conduta de muitas pessoas que nem ao menos se dão a chance de parar, analisar e meditar, alguns instantes que sejam, sobre esses preceitos libertadores, provenientes dos inesgotáveis mananciais da misericórdia divina e oferecidos à humanidade embrutecida de nossos tempos.
E quanto a você, caro amigo e amiga? De que forma estará redirecionando o sentido de sua existência, aqui na Terra, através desses ensinamentos, uma vez que, agora, você já os possui?
Nota da A Era do Espírito:
(1) NÃO ESQUEÇAIS NUNCA que o Espírito, QUALQUER QUE SEJA O GRAU DE SEU ADIANTAMENTO, sua situação como encarnado, ou na erraticidade, está sempre colocado entre um superior, que o guia e aperfeiçoa, e um inferior, para com o qual tem que cumprir esses mesmos deveres. (SÃO VICENTE DE PAULO, in O LIVRO DOS ESPÍRITOS, q. 888a, obra codificada por Allan Kardec.) …tudo serve, tudo se coordena na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo que, ele mesmo, começou pelo átomo. Admirável lei de harmonia da qual nosso espírito limitado não pode ainda entender no conjunto. (Resposta dos Espíritos à q. 540 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, obra codificada por Allan Kardec.)
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