Categoria: Odilon Fernandes
Estudando com Dr. Odilon Fernandes – Por Baccelli – 2
MENSAGENS AOS MÉDIUNS, POR CARLOS BACCELLI | Mediunidade Hoje | Parte 2 (15/07/2018)
Estudando com Dr. Odilon Fernandes – Por Baccelli – 3
MENSAGENS AOS MÉDIUNS, POR CARLOS BACCELLI | Mediunidade Hoje | Parte 3 (15/07/2018)
O Estado de Espírito do Médium – Odilon Fernandes
A mediunidade, de fato, é um estudo apaixonante, que nos possibilita as mais variadas reflexões. Poderíamos dizer que a mediunidade é uma faculdade nervosa que está estreitamente ligada ao humor do médium.
Quase ninguém cogita do estado de espírito do medianeiro no exercício de sua faculdade. O ânimo do médium influencia decisivamente na produção mediúnica. Existem médiuns tristes, médiuns deprimidos, médiuns magoados, médiuns ressentidos, médiuns decepcionados… Esses estados emocionais, no exercício da mediunidade, tanto quanto possível devem ser colocados de lado, para que não interfiram na produção do fenômeno, alterando o teor da mensagem.
A mediunidade pode, assim, ser comparada a um espelho, onde o próprio estado psicológico do médium se reflete. Se o médium está triste, a produção mediúnica sofrerá distorções de vulto; se magoado, é possível que a sua mágoa se expresse no instante da comunicação, comprometendo a limpidez do pensamento da entidade comunicante…
O médium há que aprender a se colocar numa posição neutra, do ponto de vista emocional, no momento em que ele se disponha a trabalhar como intérprete dos espíritos.
Nos fenômenos de incorporação, no atendimento às entidades enfermas, o estado psicológico do médium talvez não interfira tão negativamente, porquanto ele irá facilitar a sintonia com as entidades que estejam, digamos assim, naquela sua mesma condição espiritual do momento…
Porém o médium que aspire a contato com as entidades esclarecidas há que se esmerar no sentido de neutralizarem-se, no instante do intercâmbio, toda mágoa, todo ressentimento, todo rancor, toda melancolia, enfim, todo estado psicológico que se constitua em obstáculo à recepção da palavra equilibrada e esclarecedora.
É importante que o médium raciocine também neste sentido: não basta saber, não basta conhecer mediunidade, não basta ser médium é necessário que o médium cuide especialmente do seu humor e, tanto quanto possível, seja o companheiro alegre, otimista, devotado, bem disposto e confiante no amparo da Espiritualidade Superior.
Médium: Carlos A. Baccelli.
Espírito: Odilon Fernandes.
NA PRÓXIMA DIMENSÃO – Cap. 12
— Eu estou bem! E o senhor, como está? — retrucou o fundador da “Casa Transitória”, benemérita instituição existente na capital de São Paulo.
— Você não perde o hábito de me tratar de senhor, não é mesmo? — retrucou Batuíra. Olhe que eu estou mais rejuvenescido do que você…
Sorrimos descontraidamente e Gonçalves explicou que, na companhia dos irmãos Weaker Batista e Clóvis Tavares, também estava participando da recepção que o Mundo Espiritual oferecia ao médium Chico Xavier.
— Ele e o senhor, desculpe‐me — acrescentou —, ele e você nos auxiliaram muito com as orientações de que necessitávamos na “Transitória”; o Chico sempre foi um grande amigo e benfeitor… Desde Pedro Leopoldo, tivemos a alegria de acompanhar a sua trajetória mediúnica de verdadeiro missionário do Cristo.
— De fato, agora podemos falar a respeito — disse Batuíra, cujos traços biográficos não me eram de todo desconhecidos na luta que sustentara por amor ao Ideal.
Entrementes, se aproximaram para participar do diálogo o Weaker e o Clóvis, que, até então, se haviam mantido a certa distância, atendendo a três Espíritos de sofrida aparência que os interpelara.
— Weaker, estamos nos referindo à grandeza de espírito do nosso Chico… Você que conviveu mais de perto com ele durante tantos anos, poderá se expressar com maior conhecimento de causa, não é? — falou Gonçalves ao companheiro que eu igualmente conhecera à frente das atividades do “Grupo Espírita da Prece”.
Franzindo o cenho, Weaker comentou com certa tristeza no semblante:
—‐ Infelizmente, qual aconteceu a muitos dos que puderam conviver com ele, eu também não consegui atinar com o seu real valor, senão quando deixei o corpo, onde os equívocos se nos fazem tão frequentes; não estou querendo me justificar, mas, embora tenha aproveitado muito na convivência diária com Chico, a verdade é que eu poderia ter assimilado mais, caso o meu espírito, em determinadas situações, não se tivesse mostrado tão rebelde…
— Ora, Weaker — aparteou Clóvis Tavares, que, na cidade de Campos, Rio de Janeiro, fundara, sob a inspiração do médium, a “Escola Jesus Cristo” —, não se recrimine… A verdade é que a luz intensa costuma deslumbrar os nossos olhos acostumados à sombra. Como é do seu conhecimento, estive com o Chico diversas vezes e, durante longos anos, nos correspondemos.
40 – Carlos A. Baccelli (pelo Espírito Inácio Ferreira)
Estive em Pedro Leopoldo, Uberaba, e ele esteve conosco em Campos, inclusive descansando por uns dias em nossa casa de praia em Atafona; pois bem, igualmente confesso que, por maior fosse a minha admiração e o meu respeito a ele, eu não sabia que estava lidando com um Espírito de tal envergadura…
— Permitam‐me a intromissão — falei, tomando a defesa do amigo que sempre me tratara com tanta gentileza, nas poucas vezes em que visitara Chico Xavier na “Comunhão Espírita‐Cristã” —; eu também me penitencio, Weaker, pois, para mim, Chico não passava de um grande médium, nada mais do que isto… No entanto, se algum de nós, ainda na carne, tivesse identificado a sua estatura espiritual ou tido a convicção plena de que se tratava do próprio Codificador reencarnado, é possível que extrapolássemos em nosso relacionamento com ele, criando‐lhe sérios embaraços; bastem já os obstáculos que, involuntariamente, lhe causamos com as nossas descabidas exigências ou pontos de vista personalistas…
Concordando comigo, a irmã Yvonne Pereira observou:
— Para os próprios apóstolos, o Cristo só foi compreendido em sua grandeza divina após o episódio de sua ressurreição; até então, Judas o traíra e Simão Pedro o negara… Se não se tivesse confirmado a vitória do Mestre contra a morte, constatada por Maria de Magdala, é possível que os onze tivessem recuado da tarefa de levar adiante a Boa Nova…
— Bem lembrado, Yvonne — enfatizou Carmelita. E não olvidemos que, para incentivá‐ los, o Senhor permaneceu durante quarenta dias concedendo‐lhes aparições e proporcionando advertências de viva voz, tendo‐se, inclusive, mostrado redivivo, na Galileia, a quinhentos discípulos de uma só vez… O Grande Paulo de Tarso não se teria convertido ao Cristianismo, se o Senhor não lhe tivesse aparecido de forma insofismável, às portas de Damasco, orientando‐o em seus passos iniciais.
— Meus irmãos — confortou‐nos Odilon —, a misericórdia de Deus e o nosso querido Chico saberão relevar as nossas deficiências; o importante é que continuemos cumprindo com os deveres que nos são comuns, dignificando o esforço daqueles que nos inspiram a ser melhores do que somos. A existência física e os exemplos do nosso irmão recém‐desencarnado, nos servirão de material de reflexão para muito tempo; o trabalho que se nos desdobra à frente é gigantesco e não podemos perder tempo com lamentações…
— Estou de acordo, meu amigo — interveio Batuíra —; se algo fizemos sobre a Terra, muito ainda nos compete realizar e, conforme asseverou Léon Denis, na exortação que nos dirigiu ainda há pouco, o futuro nos aguarda e não nos furtaremos à bênção de um novo recomeço. Se não somos o que gostaríamos de ser, pensemos nos milhões de companheiros que, nos Dois Planos da Vida, ignoram completamente as mais rudimentares lições com que a Doutrina já nos favorece. Estamos a queixar‐nos da luz diminuta que nos clareia o caminho, a esquecermos, porém, que ela é do tamanho exato das luzes do nosso próprio entendimento. Se aspiramos a seguir Chico Xavier em sua ascensão aos Páramos Superiores, tratemos de fazer mais e melhor…
— Ora, Batuíra! — pontificou Gonçalves ao estimado Mentor. — Este, sem dúvida, não é o seu caso…
— Por que não? — replicou o lúcido seareiro.
— Acaso terei abdicado da minha condição humana? E você, Cairbar, que nada diz? Em
que estará a pensar?…
— Estou pensando que quase todos nós estivemos próximos do que almejamos, no entanto faltou‐nos coragem e maior desprendimento para o passo decisivo… Não nos doamos por inteiro ao Senhor; algo, que não sei definir, ainda nos prendia ao “eu”… Com certeza, não soubemos responder com ações à célebre indagação do Mestre endereçada aos seus discípulos de todos os tempos: “Que fazeis de especial?”
Meditando por momentos, acentuou:
— Pessoalmente, o que mais me valeu deste Outro Lado foi ter‐me dedicado aos mais pobres; nada, coisa alguma se compara ao nosso envolvimento pessoal na prática do bem… Escrevi muito, publiquei diversos livros, proferi conferências, fundei instituições, enfim, tenho consciência de que cooperei, numa época difícil, com a expansão da Doutrina, mas, em nível de consciência, só me sinto tranquilo quando me ponho a pensar nas lágrimas que enxuguei, nas dores que amenizei e no amor que distribui com os meus semelhantes… Pugnar pela Fé Espírita no mundo é algo que, de certa forma, ainda nos envaidece, porque nos coloca no palanque da evidência e, infelizmente, neste sentido muitos se equivocam, abdicando do trabalho que devem realizar no âmago de si mesmos; a ocupação com a difusão dos nossos princípios, não nos dispensa do esforço intransferível da própria renovação… A pergunta de Jesus aos companheiros deve também nos soar aos ouvidos com o seguinte significado: “Que fazeis de especial em vós para vos tornardes especiais para os outros?” Então, de minha parte, posso dizer‐lhes que nada fiz de especial…
Prece na voz do Dr. Odilon Fernandes
Ouça a Prece na voz do Dr. Odilon Fernandes. Prece da Casa do Cinza
Obsessão e imunidade – Odilon Fernandes – TV MUNDO MAIOR com Carlos Baccelli – parte 2
Obsessão e imunidade – Odilon Fernandes – TV MUNDO MAIOR com Carlos Baccelli – parte 1
Mensagem de Odilon Fernandes
“Quero que todos pensem no bem. Aliviem o coração. Não esmoreçam, meus filhos, não temam a tempestade. Cadê a inteligência, cadê o raciocínio, cadê o coração? O que que eu ensinei, o que eu deixei? Deixei casa? Dinheiro no banco, herança? O que eu deixei? Deixei o amor. Evangelho é o melhor caminho. Tudo que fizerem agora é preciso ter calma. Estamos encaminhando para o mundo novo. Chegou a hora, o momento é agora, regeneração. Vocês estão tão jovens, aproveitem a terra. Jesus venceu todas as tempestades. Vamos lutar. Educação é que vai salvar a nossa pátria. O nosso Brasil é a Educação. Emmanuel está na terra, meus filhos. Não tem que temer a nada. Não há tempestade que irá destruir. O Brasil está nas mãos de Jesus. Vocês precisam ajudar como salvar a Educação. Nós não estamos sozinhos, estamos com o mestre. Ali vocês tem tudo, porque temem a tempestade? Amem, perdoem, calam-te. Deixem os outros falarem, a tempestade está com eles. Deixem que eles te agridam, mas vocês não. Abaixa a cabeça, confiem em Jesus. Ele é o nosso guia. Vamos lutar para encontrar com o mestre. Não deixei ouro nem prata. Deixei família. Deixei Fernandes. Não se preocupem com bens materiais, agora acabou. Estamos caminhando para o mundo maior. E o evangelho é a bússola. A melhor herança é Jesus, é o evangelho. Porque temem a tempestade? Não há tempestade que destrua nada. A Educação dará um Brasil melhor para que seja a pátria do evangelho. É preciso trabalhar, salvar a Educação. Tem que lutar, cuidar da saúde para dar continuidade. Que o grande arquiteto do universo nos livre e guarde. Não esmoreçam meus filhos. Vamos vencer, a lavoura é imensa. Os jovens precisam de educação e vocês têm condição para isso. É preciso organização, disciplina e autoridade. Aliviem o coração. Todos têm grandes responsabilidades. Não quero que nenhum de vocês venham a falhar. Lutem, se outros não querem vocês querem. Não podem esmorecer, se entregar a tristezas e depressões. Que exemplo deixei na terra? Tomem decisões corretas e com responsabilidade, os espíritos que foram enviados para a terra precisam de educação. Os jovens precisam de evangelho. Quero boas notícias. Recebam a ofensa que for mas não se entreguem a elas. Não guardem dentro do peito. Amem, perdoem, não esmoreçam, meus filhos, não vamos deixar. Que o grande arquiteto do universo nos livre e guarde, viva Jesus, ave Cristo.”
Odilon Fernandes
Casa do Cinza
Mensagem psicofonica
Médium Raulina Pontes
Educação – mensagem de Odilon
A Educação aprimora o espírito e se transforma em pilares de luz no sustentáculo de uma Nação. Povo educado, Nacão evoluída. Paz.
Odilon
Casa do Cinza – 06/08/2017
MEDIUNIDADE EM ESTUDO – Odilon Fernandes/ C. Baccelli cap 13
TIPO DE MEDIUNIDADE
21. Acontecerá o mesmo com aqueles que têm uma aptidão especial para o desenho e a música? — Sim; o desenho e a música são também modos de se exprimirem pensamentos; os espíritos utilizam os instrumentos que lhes oferecem mais facilidade. (Cap. XIX-Papel do médium nas comunicações espíritas)
A aptidão mediúnica se revela em cada médium de acordo com a sua capacidade de captar e expressar o pensamento dos espíritos. A rigor, ninguém pode dizer ao médium que ele seja portador desta ou daquela faculdade. Às vezes, por exemplo, ele começa como psicógrafo e, depois, se define como psicofônico, ou vice-versa.
O medianeiro não deve cultivar preferência por este ou aquele tipo de mediunidade, fugindo às suas características naturais. Em essência, a base das faculdades mediúnicas de efeitos intelectuais é a mesma, não diferindo substancialmente uma da outra. mento. Mediunidade é pensamento a pensaQuem enxerga ou escuta os espíritos, os escuta ou enxerga através do pensamento. Os espíritos poetas procurarão um medianeiro que tenha facilidade no campo da poesia. Os espíritos pintores escolherão um sensitivo que possua predisposição para a arte da pintura. Raros são os médiuns que, possuindo múltiplas faculdades, conseguem atuar em todas elas. A faculdade mediúnica predominante absorverá as demais, que, assim, passarão a concorrer pela melhor produtividade da que se destaca. A insatisfação do médium com a faculdade de que seja portador, desejando outra que não possui ou, ainda, ambicionando a que determinado medianeiro exerce, praticamente o anula para a execução da tarefa que esteja ao alcance de suas possibilidades. Infelizmente, muitos médiuns, dotados de excelentes recursos medianímicos, digamos, menos dados à publicidade, complicam-se por não se contentarem com os discretos, porém úteis talentos que lhes foram confiados. Mediunidade mais ampla é sinônimo de sensibilidade que se amplia. Não nos esqueçamos de que a faculdade que Jesus mais exercia em seu ministério divino era a da cura! Ele ressuscitava os mortos, fazia andar os paralíticos, devolvia a visão aos cegos, curava obsedados, por meio da simples imposição das mãos. O Senhor endossava com as mãos a excelência da Mensagem que verbalizava. A importância, pois, do médium em serviço não está na espécie da faculdade mediúnica que exerça, e, sim, nos frutos que advenham de seus esforços.
Discreto dom mediúnico trabalhado com amor vale mais, para a Doutrina, que a mais expressiva faculdade exercida com vaidade e personalismo. Ansiando por incorporar espíritos, poucos são os que se lembram de incorporar as lições de Jesus no cotidiano, transformando-se em exemplos vivos do Evangelho. Querendo psicografar livros, raros os que se dispõem a grafar, com a própria vida, as noções que despertam as consciências secularmente adormecidas. Médiuns de espíritos se multiplicam em toda parte, todavia médiuns do Cristo no mundo continuam sendo muito poucos. E são justamente estes últimos os detentores das mais preciosas e nobres faculdades postas a serviço da crença na Imortalidade entre os homens na Terra!
MEDIUNIDADE EM ESTUDO – Odilon Fernandes/ C. Baccelli cap 11
O MÉDIUM COMO OBSTÁCULO
17.
A aptidão de alguns médiuns para escrever numa língua que lhes é estranha não proviria de que esta língua lhes teria sido familiar numa outra existência e da qual teriam conservado a intuição? — Isto pode certamente acontecer, mãs não é a regra; o espírito pode, com alguns esforços, vencer momentaneamente a resistência material que encontra; é o que acontece quando o médium escreve, em sua própria língua, palavras que não conhece. (Cap. XIX – Papel do médium nas comunicações espíritas)
No capítulo XIX de “O Livro dos Médiuns”, que presentemente estudamos, os Espíritos se referem, diversas vezes, ao médium como obstáculo ao intercâmbio entre as duas dimensões.
Curioso, porque, justamente o instrumento que deveria facilitar tal contato – o médium -, de repente, se transforma em empecilho quase intransponível. E vale ressaltar que os Espíritos, no capítulo em análise, não estão se referindo ao médium como obstáculo moral, e, sim, material. Em que circunstâncias, pois, os médiuns seriam “dificuldade mecânica” à livre manifestação dos espíritos por seu intermédio? Imaginemos um professor ditando palavras a um aluno que ainda não aprendeu a escrevê-las perfeitamente. Mesmo que o professor se disponha a lhe guiar a mão na escrita, a dificuldade, por exemplo, para se redigir um texto mais ou menos longo será enorme. Consideremos ainda alguém tentando falar num idioma estrangeiro a uma pessoa que mal se expressa em Português. No máximo, inclusive recorrendo ao auxílio da mímica, conseguirá apenas rudimentos de entendimento.
Por que os Espíritos abandonaram a cestinha de vime, por meio da qual escreviam sem tantas interferências intelectuais do medianeiro, permutando-a pela psicografia? Embora soubessem que a escrita psicográfica lhes criaria outra espécie de embaraço, os Espíritos a preferiram às mesas que giravam e às cestas de vime, porque a logística do contato era demasiadamente morosa e estafante. O embaraço material a ser superado pelo espírito comunicante está diretamente relacionado a causas de natureza intelectual e biológica. Senão, vejamos. Por que os médiuns psicofônicos, através dos quais os espíritos trabalham com a palavra articulada, são mais numerosos que os psicógrafos? A resposta é óbvia. É que o domínio da escrita pelo cérebro humano é muito mais recente do que a faculdade de verbalizar a palavra. Os órgãos da fonação estão mais adestrados que os reflexos motores que possibilitam ao homem escrever o que pensa. É mais fácil falar do que escrever!
Atentemo-nos para quanto os médiuns carecem de se preparar, a fim de que se façam instrumentos mais ou menos maleáveis para os espíritos que lhes buscam o concurso. Além da necessidade de se evangelizarem, para que não se tornem obstáculos de ordem moral, carecem de adestramento intelectual e, por que não dizer físico? O espírito que procura um médium para a concepção de telas mediúnicas espera que, no mínimo, ele saiba manejar a paleta e fazer a diferenciação das cores. Outro que, porventura, deseja se expressar no idioma do Codificador, objetivando fins particulares que, agora, não nos cabe apreciar, permanece na expectativa de que o médium, pelo menos, o favoreça com conhecimento básico do Francês. Não apenas o moral e o intelecto constituem impedimentos para os espíritos que desejam contatar os encarnados – mas o corpo também!